Lula, o Anão Diplomático
![]() |
📷Anão Diplomático © Reprodução |
Em eventos internacionais, onde os líderes das maiores potências globais se reúnem para moldar os rumos do planeta, há sempre os protagonistas - Estados Unidos, China, União Europeia - e há os figurantes. O Brasil, sob a diplomacia de Lula, tem se especializado nesse segundo papel: está presente, mas ninguém nota. É como aquele convidado pobre que, mesmo vestindo o melhor terno que conseguiu emprestado, não encontra ninguém que lhe ofereça uma taça de champanhe.
Lula ainda acredita que o carisma que o consagrou nas praças do Brasil nos seus dois primeiros mandatos pode surtir efeito no tabuleiro geopolítico. Mas, fora das fronteiras onde sua retórica ainda encanta uma pequena parte do eleitorado, o presidente encontra um cenário onde palavras de efeito e promessas vazias não impressionam. Quando se posiciona em temas sensíveis, como a guerra na Ucrânia ou os conflitos no Oriente Médio, Lula opta por um malabarismo verbal que mais confunde do que comunica, sendo que o efeito costuma ser o oposto do desejado: agrada sua militância doméstica, mas irrita ou aliena os líderes estrangeiros. Foi assim quando atacou Donald Trump por várias vezes e recebeu por isso uma taxação de 50%. Repetiu o erro ao fazer declarações dúbias sobre o conflito em Israel e quando classificou Israel de genocida, o que lhe rendeu críticas diretas do governo israelense, esfriou relações diplomáticas e, com certeza, trará mais prejuízos ao Brasil e ao seu povo.
A imagem que fica é a de um Brasil que bate ponto nas reuniões, posa para fotos e volta com a pasta vazia. Ninguém pergunta sua opinião, ninguém espera sua intervenção. O Itamaraty, que já foi referência de sobriedade e pragmatismo, hoje ecoa um discurso ideológico anacrônico, mais voltado para o aplauso interno do que para a construção de alianças sólidas.
Na diplomacia internacional, presença não é influência. E o Brasil de Lula, embora presente, tornou-se irrelevante. A festa continua, as decisões são tomadas, os brindes são feitos. E ali no canto, entre um canapé e outro, está o nosso presidente - sorridente, mas ignorado, como quem foi convidado só por educação. Um personagem ornamental, um tolo, um bobo da corte moderna, um anão diplomático.
Por Walter Fontenele | Portalphb
Deixe Seu Comentário