Motorista de aplicativo expulsa passageira por critica Bolsonaro em Teresina

Motorista expulsa passageira por falar mal do Bolsonaro
📷Motorista de aplicativo expulsa passageira
🏠Teresina (PI)

Depois do constrangimento, Adriana Ribeiro acionou a Polícia Militar do 5° Batalhão, que prontamente deslocou uma equipe ao local e atendeu a ocorrência.

Adriana Ribeiro da Silva, Gerente promoção da Coordenadoria de Políticas Pública para as Mulheres do Governo do Piauí, denunciou na tarde desta quinta-feira (24), que foi expulsa de uma corrida por aplicativo por expressar uma opinião política contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante uma ligação com um familiar.

Em entrevista à reportagem, Adriana Ribeiro explicou que pediu uma corrida compartilhada do seu trabalho para casa, no bairro Ininga, na zona Leste de Teresina, quando no meio do trajeto sua filha lhe ligou e ela deu uma opinião na conversa contra o presidente. Momento depois, o motorista, identificado apenas como Fernando, pediu para que ela se retirasse do carro, parando a corrida na Rua Dra. Alaíde Marques com a Dirce de Oliveira, já bairro Ininga.

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“Eu solicitei uma corrida compartilhada no meu trabalho até a minha residência, no trabalho Ininga. Deixamos uma moça próxima a minha residência e em seguida tirei minha máscara por um minuto para ajeitar uma coisa no meu dente que tava me incomodando, ele pediu que eu colocasse e coloquei. Pedi desculpas. Em seguida eu recebi uma ligação da minha filha ela falando do Bolsonaro e eu citei: ‘Aquele presidente ordinário!’. Quando eu falei isso, ele simplesmente no meio do caminho pediu que eu me retirasse de dentro do carro, ele parou e pediu: ‘Se retire do meu carro agora’. Eu me recusei de sair, porque estava em uma rua deserta e eu disse que não sairia do carro”, explicou.

Depois do constrangimento, Adriana Ribeiro acionou a Polícia Militar do 5° Batalhão, que prontamente deslocou uma equipe ao local e atendeu a ocorrência. Segundo ela, o motorista estava bastante exaltado, gritando com ela e a ofendendo.

“50 metros depois ele parou o carro, abriu a porta e pediu para eu sair ou me tiraria a força, foi quando eu liguei para a polícia. Uma atendente policial me atendeu, ela ouviu, eu tava muito nervosa, ele gritando comigo o tempo todo dizendo que eu tinha agredido ele, que eu tava o tempo todo sem máscara, e eu perguntando o que eu fiz de errado. Eu me recusei a sair do carro, instruída pela policial que ficasse até a polícia chegar. Ele ficou citando por várias vezes que ‘só porque vocês são mulheres podem agir assim?’, todo tempo me ofendendo, gritando, inclusive ele alterou a voz a e apontou o dedo na minha cara”, detalhou.

Adriana destacou ainda que sofreu violência de gênero, apesar de ter expressado, durante uma conversa pessoal, uma opinião. “Eu também me alterei devido à situação e hoje senti muitas vezes o que as mulheres sentem na pele, a violência de gênero. De você não poder comentar nenhuma questão sua, por mais que fosse uma questão pessoal minha, no meu WhatsApp. Eu me senti agredida pelo fato de ser mulher e denunciei porque acredito que não aconteça só comigo essa situação”, finaliza.

O motorista permaneceu no local e prestou depoimento aos policiais militares, que realizaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Por MancheteNet com informações do meio Norte
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