Da meritocracia ao loteamento de cargos: o contraste que afunda o Brasil

Lula e Bolsonaro
📷Lula e Bolsonaro © Reprodução
🏠Parnaíba (PI)

A diferença entre governar com técnicos ou com “cumpanheiros” define os rumos do país - e o saldo é devastador.

Enquanto os fanáticos discutem Lula ou Bolsonaro como se fossem “herói”, ou “mito” em lados opostos de um ringue, a verdade passa despercebida: nenhum dos dois tem, de fato, capacidade intelectual para governar um país como o Brasil. E nem precisariam ter - bastaria ter compromisso e montar um time técnico, qualificado e comprometido com resultados. Mas é aí que está o verdadeiro divisor de águas.

No governo Bolsonaro, com todos os seus inúmeros defeitos e ressalvas que eu tenho dele, a maior parte dos ministérios foi entregue com base em critérios técnicos e com meritocracia. O exemplo mais simbólico é Paulo Guedes. Pode-se discordar de suas ideias, mas não há como negar: é um nome do setor, respeitado internacionalmente, que fala a língua do mercado e entende a engrenagem macroeconômica, ou seja, quando ele fala os seus interlocutores param para ouvi-lo.


Do outro lado, temos Fernando Haddad, um quadro acadêmico sem qualquer respaldo no setor financeiro, que transformou tudo o que tocou em fracasso. Como prefeito de São Paulo, terminou o mandato com apenas 17% de aprovação. Como ministro da Fazenda, continua tropeçando em discursos e decisões estapafúrdias, enquanto o país mergulha em números negativos. Bem verdade que a culpa não é totalmente dele, a culpa é de quem o colocou num cargo sabendo que ele, além de não tem capacitação não tem respaldo para tomar decisões.

Basta olhar os dados: o Lula assumiu o seu 3º mandato com superávit de R$ 54,1 bilhões, deixado pela gestão anterior. Em menos de dois anos, esse saldo virou poeira. A previsão para 2025 é um déficit de R$ 97 bilhões - e isso após o déficit de R$ 264 bilhões em 2023, causado por gastos desenfreados (obrigatórios e particulares), isenções sem contrapartida e uma máquina pública inchada (37 Ministérios contra 23 do governo anterior) por indicações políticas. 

Não é questão de ideologia, é questão de decência. O que está em jogo não é ser de esquerda ou de direita, e sim escolher entre um país governado com responsabilidade e sustentabilidade ou um balcão de barganhas políticas. Enquanto ministérios forem distribuídos como prêmio de lealdade e votos forem comprados para manter o status quo, não há projeto de nação que resista.

Político raramente oferece solução - oferece ilusão. O pouco que chega ao povo já veio descontado dos privilégios, das emendas, dos esquemas e da corrupção. O Brasil não precisa de salvador da pátria, precisa de gestão eficiente e honesta, mesmo que isso pareça ser uma utopia. E gestão não se faz com apadrinhados, se faz com competência. 

Por Walter Fontenele | Portalphb

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