Se não tiver Maracutaia não é PT: TCE descobre matrículas de mais de mil defuntos no Proaja

TCE apura alunos defuntos
📷TCE apura alunos defuntos © Wilson Nanaia
🏠Piauí

Um relatório do Tribunal de Contas do Piauí (TCE) apontou a presença de pessoas falecidas nas turmas do Programa de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos (Proaja).

A corte destaca no relatório que há 1052 pessoas mortas inscritas como se estivessem estudando nas unidades de ensino do projeto. Outro dado é sobre a quantidade a matrícula de 1075 alunos com menos de 18 anos, sendo que o programa é destinado para maiores de idade.

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O documento está sob a análise de uma equipe do Seduc, que contesta todas as supostas irregularidades. De acordo com o secretário da Estado da Educação, Ellen Gera, o relatório foi elaborado com base em dados que não passaram pela triagem da equipe técnica.

“Acreditamos que os dados que aparecem no relatório do TCE são de pessoas inscritas e não as que estão matriculadas de fato, após passar pela triagem e testes que fazem parte do programa. O relatório do Tribunal não traz os nomes e CPFs dessas pessoas e vamos fazer essa solicitação ao órgão para que possamos fazer essa verificação. A Seduc está muito segura em relação às regras e execução do programa. A equipe da secretaria foi ampliada para que as supervisões das turmas fossem feitas in loco. E reafirmo que cada pagamento, tanto para entidades quanto para estudantes, só é realizado depois dos fiscais realizarem o teste correto e comprovarem que as aulas estão acontecendo e que as pessoas estão sendo alfabetizadas. Vamos pegar o relatório do TCE com muita tranquilidade e responder ponto a ponto e, com certeza, o programa seguirá em execução e nós vamos cumprir nossa missão que é de erradicar o analfabetismo do estado do Piauí”, afirmou.

Ainda de acordo com o secretário, o último repasse ocorre somente se a alfabetização do aluno for comprovada. “As entidades têm direito a quatro repasses financeiros. O último repasse, por exemplo, que corresponde a 40% do valor, só é pago se o estudante for alfabetizado. A entidade é responsável pela busca ativa de pessoas analfabetas, esses inscritos passam por uma triagem eletrônica feita pela Fundação Getúlio Vargas. Em seguida, são submetidos a um teste inicial censitário, também aplicado pela FGV. Todo estudante sentado no banco de sala de aula do PROAJA passa por essa testagem. Depois temos um teste para verificar se a frequência que está sendo informada pela entidade está correta e no final ainda temos um teste para saber se esse cidadão, de fato, foi alfabetizado. Reafirmo que nenhuma entidade receberá repasse financeiro sem a testagem e comprovação que aquele estudante matriculado no programa participou das aulas e foi, de fato, alfabetizado”, concluiu.

Por PortaAZ

 

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