O suicídio sob a ótica espírita

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"A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram que o suicídio não é uma falta, somente por constituir in­fração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato equivocado, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas". Allan Kardec.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de suicídios em todo o mundo vem aumentado nas últimas décadas, com um crescimento assustador em praticamente todos os países, envolvendo todas as faixas etárias e vários contextos socioeconômicos diferentes.

O suicídio é uma ilusão, é o que nos diz a Doutrina Espírita, codificada por Alan Kardec. Infelizmente, os casos dessa transgressão as Leis Divinas cresce de forma desordenada, segundo várias publicações de entidades dedicadas a tratar a saúde pública, psíquica e psicossomática. 

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Nós, espíritas, sabemos que não devemos menosprezar as diretrizes traçadas pela espiritualidade maior, o senhor da vida. Todavia, mesmo que tenhamos o conhecimento, através de literaturas espíritas que mostram a ilusão e os sofrimentos do suicida no mundo espiritual, não podemos enfatizar que estamos seguros dessa ilusão. 

As consequências sofridas por um suicida são terríveis, pois o espírito ao adentrar o mundo espiritual descobre a ilusão. O sofrimento aumenta quando ele descobre que os problemas que o motivaram ao ato desesperado não acabaram muito pelo contrário, pois, na maioria das vezes, eles são potencializados. 

O Suicídio é uma forma de fuga daquelas pessoas que temem enfrentar à vida e suas vicissitudes, que via de regra somos nós mesmos, espíritos encarnados. O suicida não deve ser tratado como covarde ou como corajoso, acima de tudo, à pessoa que comete o suicídio é uma pessoa que sofre e muitas vezes não conhece os motivos de seus sofrimentos, se sentindo um injustiçado por Deus e que não ver outra saída a não ser tirar a própria vida. Para nós que somos espíritas, que estudamos as diretrizes da Doutrina cabe a missão de tentar a todo custo orientar e ajudar esses espíritos, mas sem nunca condena-los, julgar não é função de um espírita.

A Doutrina dos Espíritos, como uma ciência, não trabalha com achismos ou especulações. As informações que nós, estudantes da Doutrina, recebemos, através de literaturas sérias, são checadas pela universalidade e confirmadas por espíritos que sofreram na pele as dores da vida encarnada e, principalmente, as dores da vida desencarnada, sofridas depois do ato do suicídio.

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É importante ressaltar que nem sempre o suicida quer morrer, mas as dificuldades o levam ao fundo do poço. O que a maioria quer mesmo é se livrar escapar dos seus sofrimentos, algo comum a todos nós.

Portanto, nossa responsabilidade como espíritas e conhecedores das diretrizes da Doutrina é ajudar (sem condenar), desvencilhar essas pessoas das ideias suicidas (sem julgar) e acima de tudo, divulgar a Doutrina e as Leis que regem à vida, tanto dos encarnados quanto dos desencarnados.

 Alguns Mitos Sobre o Suicídio (Psicologia Viva)

 Quando alguém sobrevive à tentativa de suicídio é sinal de que vai ficar tudo bem.

Esse é um grande mito envolvendo o tema, pois os riscos após uma tentativa de suicídio não são reduzidos automaticamente.

Depois do tratamento, não há risco de nova tentativa de suicídio.

O risco de suicídio deve ser monitorado mesmo após a alta de um tratamento psicológico e/ou psiquiátrico. Caso os pensamentos de morte retornem, é necessário buscar ajuda profissional o quanto antes, pois pode ser necessária a retomada do tratamento.

Criança não se mata

Infelizmente, os casos de suicídio infantil ocorrem. No entanto, podem estar subnotificados, pois nem sempre as circunstâncias da morte ficam evidentes, podendo-se confundir suicídio com um acidente.

No Brasil, o número de suicídios vem diminuindo.

Nos últimos anos, o número de tentativas e de mortes por suicídio no país aumentou. A prevenção do suicídio como uma prioridade de saúde pública. A nível mundial, o suicídio é a segunda causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos conforme dados da Organização Mundial da Saúde.

Falar sobre suicídio induz as pessoas a se matarem.

Ao contrário do que se pode imaginar, falar sobre suicídio de forma profissional e bem organizada é uma forma eficaz de orientar as pessoas e estimular para que encontrem outras formas de lidar com o seu sofrimento.

Quem pensa em se matar fica triste o tempo todo.

Esse mito reflete uma visão estereotipada das pessoas que apresentam ideação suicida, pois a tristeza não costuma ser manifestada constantemente. As manifestações de tristeza podem ocorrer intercaladas com manifestações de raiva, nojo, desesperança e medo. 

Pessoas inteligentes não se matam.

A inteligência não é capaz de evitar isoladamente uma tentativa de suicídio. Pessoas inteligentes também precisam de ajuda quando estão tristes, desesperadas e desesperançosas.

Por Walter Fontenele

 





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