Governo do Piauí admite que alugou viaturas policiais militares

 

Governador fazendo uso político da entrega das viaturas

O governo do estado encaminhou nota de esclarecimento tratando sobre a locação de 246 viaturas para a Polícia Militar do Piauí ao custo total de R$ 19,3 milhões. Inicialmente, o fato foi divulgado como sendo uma aquisição do governo através do Pro Piauí, um programa criado especialmente para alavancar a pré-candidatura do secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, ao governo do estado.

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 trnotícia mostrou que as viaturas não foram adquiridas e sim alugadas e que o governo não foi transparente ainda ao não divulgar o período de locação e os valores mensais envolvidos. A nota de esclarecimento que nos foi encaminhada na tarde de quarta-feira (03/02) informa que o contrato com a empresa Zetta Frotas S/A, do Mato Grosso, é de 30 meses e que o estado pagará mensalmente a quantia de R$ 643,8 mil.

“Com é de praxe no mercado, o custo da manutenção dos veículos, enquanto durar o contrato, é de responsabilidade da locadora. Com isso, haverá economia de recursos para os cofres públicos, que gastou R$ 7,8 milhões só com manutenção de viaturas da PM em 2020”, diz a nota.

Enfatiza ainda que “os veículos todos são zero Km e, quando o contrato encerrar, o Governo do Estado poderá renová-lo substituindo os veículos por novos modelos zero Km. Além disso, os veículos são entregues com todos os equipamentos necessários para uso policial, como por exemplo rádio, inclusive a plotagem das viaturas.”

Com isso, o governo quer dizer que pode devolver as viaturas à empresa locatária com depreciação acentuada e que isso não representará nenhum prejuízo para o erário, sendo que em seguida receberá uma viatura inteiramente nova para integrar a frota da PM/PI.

Na divulgação de terça-feira, em que o governo usou até drone para fazer imagens aéreas dele e do secretário Rafael Fonteles perto dos carros, que foram deslocados do pátio do CFAP, no bairro Ilhotas, para o estacionamento da Ponte Estaiada, com a finalidade única de se fazer a propaganda governamental, o Executivo deu a entender que as viaturas seriam incorporadas ao patrimônio do estado.

Por Toni Rodrigues

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