Profissionais de saúde de Teresina deflagram paralisação por três dias
Profissionais de saúde. Foto de Reprodução |
Profissionais da saúde da rede municipal de saúde de Teresina iniciaram uma paralisação nesta terça-feira (2). Segundo o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), com os cortes salariais, um profissional do setor Covid recebe cerca de R$ 100,00 por plantão. O sindicato afirma que o adicional de insalubridade, que era de 20% para estar nesse setor, também foi cortado.
A presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Piauí (Sinfito), Auriane Coutinho, alguns profissionais que tiveram acesso ao contracheque não encontraram o salário discriminado no documento.
"Tem gente recebendo só o adicional noturno ou somente o plantão extra que fez, porém com o valor reduzido. Algumas pessoas não conseguem nem ver o contracheque”, afirmou.
Confira a nota da Fundação Municipal de Saúde na íntegra:
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina esclarece que não houve corte nos salários dos profissionais de saúde, eles continuam recebendo a insalubridade de 20% imposta em lei. O Governo Federal retirou os extras que eram recebidos em 2020 através de financiamento do Ministério da Saúde. O repasse financeiro do Ministério da Saúde girava em torno de R$ 13 milhões por mês e custeava despesas Covid em geral (incluindo os acréscimos salariais). O montante do MS foi cortado em dezembro de 2020.
A Prefeitura de Teresina manteve ainda em janeiro de 2021,com recursos próprios, os pagamentos integrais. A FMS informa ainda que existe uma mobilização nacional das Prefeituras para tentar ver o custeio dessa despesa Covid junto ao Ministério da Saúde, mas os municípios ainda não obtiveram sucesso.
O Ministério da Saúde cortou o custeio de despesas Covid como um todo, não só referente aos pagamentos extras para profissionais de saúde. Houve corte também quanto aos pagamentos de custos com insumos e outras despesas. A FMS custeia, no momento, com recursos próprios todas as despesas Covid na capital.
Quanto ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), a FMS informa que o mesmo foi extinto ainda em agosto de 2020. Houve a criação do programa Previne Brasil, o qual a Prefeitura de Teresina ainda não aderiu, porque parte do programa é custeado pelo Ministério da Saúde e outra parte pelo município, e isso ainda não está na previsão orçamentária de Teresina.
Fonte: G1
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