Descubra como escolher o capacete para motos ideal para a sua necessidade

Há vários tipos de capacete para moto no mercado e todos devem trazer o selo de certificação do Inmetro. Foto: iStock

 O capacete é o principal acessório de segurança do motociclista, mas é preciso escolher o modelo certo para não correr riscos no dia a dia.

O primeiro passo na hora de comprar um capacete para moto é saber o tamanho correto. Ele deve ficar sempre justo na cabeça, com aquela leve sensação de aperto. Em hipótese alguma o capacete pode estar folgado porque, além de perigoso, compromete a visão do motociclista.

“Capacete de motocicleta folgado tem o mesmo efeito de um boné, ou seja, nenhum”, afirma o instrutor de motociclismo, Geraldo Simões. Ele explica que antes de comprar o capacete, o ideal é passar a fita métrica em volta da cabeça para medir a circunferência dela. O resultado é o número do capacete.

“No Brasil é difícil achar modelos com números impares. Por isso, é fundamental experimentá-lo para conferir se ele veste bem. O compromisso do capacete para motos é com a proteção e o conforto térmico. O design só importa quando é funcional”, diz Simões.
Tipos de capacete para moto

Há vários tipos de capacete no mercado e todos devem trazer o selo de certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Eles são divididos em integral (todo fechado), misto (com queixeira escamoteável), modular (com a frente móvel) e aberto (sem a queixeira).

Para Geraldo Simões, o integral é o mais seguro por proteger toda a caixa craniana. Embora mais ventilado, o capacete aberto é vulnerável a uma possível lesão maxilar ou um traumatismo no rosto em caso de queda.

O instrutor admite que muita gente, por usar a moto por mais tempo na cidade, prefere o capacete misto, justamente porque o modelo permite elevar a queixeira. “Há quem levante a queixeira e passa a gostar de pilotar só desse jeito. Mas é perigoso”, alerta.

Seja qual for o capacete para motocicleta, a legislação proíbe que o rosto fique descoberto. Assim, se o modelo não tiver viseira, é obrigatório usar óculos específicos de motociclista – e não apenas os de grau ou de sol, achando que eles darão a proteção necessária.

“Um motociclista sem viseira que bate em um inseto com a moto a uma velocidade de 60 km/h pode sofrer uma lesão mais séria ou até perda de visão”, adverte André Garcia, advogado especialista em segurança no trânsito com foco em motocicleta.

Prazo de validade do capacete

Ao contrário dos produtos à venda nos supermercados, o capacete não tem data da validade. No entanto, a recomendação é usá-lo por, no máximo cinco anos ou fazer a substituição se ele sofrer um impacto forte, mesmo que não haja dano visível à estrutura.

Segundo Simões, não existe uma lei que obrigue essa troca. Um dos indicadores mais simples para saber se chegou a hora de aposentar o capacete é se está ficando mais frouxo na cabeça.

“Com o tempo, o material empregado na fabricação começa a se desgastar. A camada de poliestireno expandido vai achatando e perdendo eficiência, assim como o casco e o forro, que é um dissipador de energia”, revela. 

O material mais resistente

Atualmente, tecnologias avançadas são adotadas no desenvolvimento dos capacetes para moto de marcas mais confiáveis, garantindo leveza e resistência. A fibra de carbono, por exemplo, absorve bem o primeiro impacto e evita o efeito chicote – de vai e volta da cabeça contra o piso. Já a produção que usa plástico injetado ABS tem ótima relação custo-benefício, embora a absorção de impactos seja menor.

“É como jogar contra o chão uma bola de futebol de salão e uma de basquete. A primeira vai bater e ficar, como o capacete de fibra ao se chocar contra o solo. A segunda quica algumas vezes, como o modelo de plástico”, diz André Garcia. “Os dois são seguros, mas a qualidade do de fibra é superior. Além disso, desconfie sempre de capacetes com preços muito abaixo dos praticados no mercado.”

Outro fator importante é o peso do capacete. Quando mais leve – estamos falando de cerca de 1,4 kg –, melhor. O forro deve ser confortável e absorver bem a transpiração. Existem capacetes com forros removíveis, que podem ser lavados.

As viseiras feitas com plástico mais grosso e com tratamento antirrisco duram muito mais. A ventilação também é importante para manter o capacete arejado e evitar embaçamento da viseira – o que significa uma viagem mais segura ao condutor.

Fonte: O Estadão
Tecnologia do Blogger.